Após um dia tranquilo
ela voltou para casa.
Em silêncio
aqueceu a comida
e teve o jantar.
A sós
ela lavou a louça,
folheou livros,
ligou para a mãe
e limpou os dentes.
Antes de ir pra cama
murmurou orações.
Nas suas preces
agradeceu e pediu
um outro dia tranquilo.
Sérgio Q Medeiros
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Espetáculo
O vento
afaga a areia
da praia deserta.
Com o início da chuva
todos os homens
foram embora.
O mar,
agora um artista solitário,
parece arrebentar mais forte.
Suas ondas,
como a mostrar
que não são movidas
por trajes de banho coloridos,
buscam com redobrada ânsia
o impacto com as rochas.
Após cada encontro,
uma branca espuma
cobre e descobre
o negrume da rocha.
Não há intervalo.
O espetáculo
não pode parar.
Sérgio Q Medeiros
afaga a areia
da praia deserta.
Com o início da chuva
todos os homens
foram embora.
O mar,
agora um artista solitário,
parece arrebentar mais forte.
Suas ondas,
como a mostrar
que não são movidas
por trajes de banho coloridos,
buscam com redobrada ânsia
o impacto com as rochas.
Após cada encontro,
uma branca espuma
cobre e descobre
o negrume da rocha.
Não há intervalo.
O espetáculo
não pode parar.
Sérgio Q Medeiros
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Poema forte
Este é um poema forte,
que não pega resfriado.
Este é um poema operário,
que acorda cedo,
martela versos
e não falta ao trabalho
sem justa causa.
Este é um poema sofredor,
que crê em realizações
um pouco improváveis.
Este será um poema de amor?
São já várias linhas
sem ganhar beijo ou afago,
mas ainda é tempo
de aparecer uma mocinha.
Sérgio Q Medeiros
que não pega resfriado.
Este é um poema operário,
que acorda cedo,
martela versos
e não falta ao trabalho
sem justa causa.
Este é um poema sofredor,
que crê em realizações
um pouco improváveis.
Este será um poema de amor?
São já várias linhas
sem ganhar beijo ou afago,
mas ainda é tempo
de aparecer uma mocinha.
Sérgio Q Medeiros
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