segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre o que às vezes fica do amor

Às vezes do amor
fica só a conveniência
e umas tantas relações
já bem estabelecidas.

Fica uma sogra pra visitar,
um amante para gozar
e muito pouco
do que levou até ali.

Às vezes fica só
um filho pra se criar,
uma casa para dividir
e algumas panelas velhas.

Ficam retratos coloridos
lembrando de alguém
que foi tão próximo
e hoje é quase estranho.

Sérgio Medeiros

Um comentário:

Beatriz disse...

E desses restos de amor, sobrevive alguma alegria póstuma. bonito o poema.