Às vezes do amor
fica só a conveniência
e umas tantas relações
já bem estabelecidas.
Fica uma sogra pra visitar,
um amante para gozar
e muito pouco
do que levou até ali.
Às vezes fica só
um filho pra se criar,
uma casa para dividir
e algumas panelas velhas.
Ficam retratos coloridos
lembrando de alguém
que foi tão próximo
e hoje é quase estranho.
Sérgio Medeiros
Um comentário:
E desses restos de amor, sobrevive alguma alegria póstuma. bonito o poema.
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