A mãe não sabe,
mas apareceu um moço,
querendo aparentar bons modos,
perguntando por ela.
Disse que eram amigos
do tempo em que a mãe
morava em outra vizinhança.
A menina,
filha única,
que morava só com a mãe
e nunca via direito o pai,
preferiu não contar
da visita que aparecera.
Já com tão pouco,
pensou ela,
e ainda ter que dividir
com gente estranha.
Pousou então os olhos na mãe,
satisfeita de tê-la só para si.
Sérgio Medeiros
5 comentários:
tão bonito os seus poemas.
me lembrou vestido do drummond. bonito.
=)
faz um tempão que não nos falamos, mocinho do Rio. você até lançou um livro, que chique! vi a sua atualização no twitter e dei um pulinho aqui... mal de reconheci na foto, está tão diferente.
e o doutorado, acabou? espero que esteja bem!
um beijo.
Sensibilidade reina por aqui, te sigo!
gosto da tua escrita, sérgio - tem a simplicidade das coisas realmente belas...
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