Um Pouco de Cor
Lá por algum dia
em que fazia sol ou chovia,
eu ganhei um pouco de cor.
No começo, foi azul,
que depois tornou-se blue.
Então pintei o azul de vermelho,
pra descobrir os teus segredos
e não me ver como eu vejo.
Assim ganhei esse verniz
rubro, ou encarnado,
como diziam no passado.
O azul não preciso mostrá-lo,
pois continua sempre em mim,
às vezes, azul, às vezes, blue.
Sérgio Medeiros
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Sobre Cores e Dragões
Às vezes um poema nasce de outro, que você lê e acha bonito. A idéia então fica circulando e, com alguma sorte, um dia ela se transforma em uma poesia. O desejo de fazer esta poesia veio depois de ler uma no blog As Outras Palavras: http://asoutraspalavras.blogspot.com
Sobre Cores e Dragões
Fui na terra dos dragões
procurar uma princesa.
Dragões azuis,
guardavam princesas louras.
Dragões verdes,
as ruivas.
E dragões amarelos,
as de cabelo cacheado.
Parei um dragão vermelho
e perguntei qual deles
seria mais difícil vencer:
- Os azuis, sem dúvida!
ele me respondeu
Quando vi um dragão preto,
que passava despreocupado,
fiz a mesma pergunta:
- Não se meta com os verdes,
disse-me o dragão preto,
pois são cobras com asas.
E por fim um dragão branco,
me aconselhou aos amarelos evitar.
Peguei então a minha lança
e fui saindo cabisbaixo,
quando uma grande chuva azul
começou a cair.
Os dragões amarelos,
que andavam sem guarda-chuva,
ficaram todos verdes
e foram cuidar das princesas ruivas.
Escolhi então uma princesa de belos cachos
e fui viver feliz no seu palácio.
Sérgio Medeiros
Sobre Cores e Dragões
Fui na terra dos dragões
procurar uma princesa.
Dragões azuis,
guardavam princesas louras.
Dragões verdes,
as ruivas.
E dragões amarelos,
as de cabelo cacheado.
Parei um dragão vermelho
e perguntei qual deles
seria mais difícil vencer:
- Os azuis, sem dúvida!
ele me respondeu
Quando vi um dragão preto,
que passava despreocupado,
fiz a mesma pergunta:
- Não se meta com os verdes,
disse-me o dragão preto,
pois são cobras com asas.
E por fim um dragão branco,
me aconselhou aos amarelos evitar.
Peguei então a minha lança
e fui saindo cabisbaixo,
quando uma grande chuva azul
começou a cair.
Os dragões amarelos,
que andavam sem guarda-chuva,
ficaram todos verdes
e foram cuidar das princesas ruivas.
Escolhi então uma princesa de belos cachos
e fui viver feliz no seu palácio.
Sérgio Medeiros
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Mais chuva
Chegue na chuva
Chegue na chuva
e sente molhado
joelho dobrado
sapato encharcado
o olhar abobado
o café encorpado
as mãos abraçando
a xícara quente.
Não se preocupe,
não vem resfriado,
mas bate uma tristeza
que é um bocado.
E bate uma saudade
que nem cabe no peito,
e escapa do olhar,
mas fica caindo
com os pingos da chuva
que caem e trazem
a saudade do azul.
Sérgio Medeiros
Chegue na chuva
e sente molhado
joelho dobrado
sapato encharcado
o olhar abobado
o café encorpado
as mãos abraçando
a xícara quente.
Não se preocupe,
não vem resfriado,
mas bate uma tristeza
que é um bocado.
E bate uma saudade
que nem cabe no peito,
e escapa do olhar,
mas fica caindo
com os pingos da chuva
que caem e trazem
a saudade do azul.
Sérgio Medeiros
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Fim de semana chegando
De quase toda maneira
De quase toda maneira
laranja eu compro na feira
e banana nunca aos sábados
mas às terças e quartas-feiras.
Com quase toda certeza
há noites de sexta-feira
em que você precisa ter
algum dinheiro pra cerveja.
Noutras quase sempre vezes
é melhor não descer a escada,
vou servir chá aos meus fantasmas
e ver a chuva da sacada.
Sérgio Medeiros
De quase toda maneira
laranja eu compro na feira
e banana nunca aos sábados
mas às terças e quartas-feiras.
Com quase toda certeza
há noites de sexta-feira
em que você precisa ter
algum dinheiro pra cerveja.
Noutras quase sempre vezes
é melhor não descer a escada,
vou servir chá aos meus fantasmas
e ver a chuva da sacada.
Sérgio Medeiros
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