terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O pedido de um amigo sendo logo atendido

Hoje (na verdade ontem pela hora) achei engraçado quando
um amigo me perguntou: Mas por que tem tão pouca rima nas poesias?

Bom, talvez mera coincidência só. Mas de fato algumas são quase
sem rima, em parte porque não procuro seguir muito a linha ouvires,
como Bilac, e em parte porque não conseguiria nem se tentasse.

Eu gosto de poesias com rima, mas gosto de poesias sem rima também
e acho que elas têm de certa forma uma beleza diferente, já que não se
conta muito com a ajuda da sonoridade ou do jogo de palavras.

Atendendo a pedidos, vai uma poesia com mais rimas.

Na ânsia de você

Na ânsia de você,
eu te cerco.
Que tolice!
Você nem ao menos
me quer por perto.

Na ânsia de você,
eu te busco.
Tão inútil!
Eu sigo só
e ainda mais fútil.

Na ânsia de te ter,
te perco mais um pouco.

Na ânsia de um abraço
de você só me afasto.

Na ânsia do teu beijo,
já nem sei se tenho rima
pra falar do meu desejo.

Sérgio Medeiros

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