Esse já é um poema bem mais novo. Eu acho que ele retrata bem o comentário de um amigo, que falou que alguns dos meus poemas eram como "historinhas"
A Vendedora
A hora corre depressa.
Os ponteiros estão quase lá,
a marcar o começo de algo.
Nos passos apressados,
sobra pouco tempo
que é gasto desviando-se.
São tantos vendedores
mas vendem todos
a mesma coisa: "Água,
cerveja! Guaraná! Mate!"
E é na voz, ou no grito,
que se faz a diferença.
Os vendedores são jovens
e a disputa é acirrada.
Entre eles, já não tão nova,
também há uma vendedora.
Não fala, não grita,
nem parece ter pressa.
Só olha um a um os transeuntes,
que passam e passam.
Ela então ameaça um gesto mais brusco...
Que nada! Era só uma mecha de cabelo,
que ela foi arrumar.
As pessoas, nem reparam,
e continuam com pressa,
a passar.
Sérgio Medeiros
domingo, 30 de novembro de 2008
Fim
Pelas minhas lembranças, esse foi o meu segundo poema.
É um pouco melancólico (como a maioria).
Eu sempre fico matutando sobre o final da poesia: "para se extinguir."
No fim, acho que soa um pouco estranho mesmo, caso contrário eu não ficaria
pensando a respeito.
Fim
No dia dos seus anos
Lá estava ele
Alinhado na sala
Diante de todos
Seu filho na cadeira vazia
Sua mulher por aí
A família distribuída
pelos espaços em branco.
E sua vida em cima do bolo
Diante de si
Queimando lentamente
Sem pressa de acabar
Tentando se prolongar
Quem sabe até chegar alguém
Que possa fazê-lo existir
Hoje talvez não seja
Um bom dia para se extinguir.
Sérgio Medeiros
É um pouco melancólico (como a maioria).
Eu sempre fico matutando sobre o final da poesia: "para se extinguir."
No fim, acho que soa um pouco estranho mesmo, caso contrário eu não ficaria
pensando a respeito.
Fim
No dia dos seus anos
Lá estava ele
Alinhado na sala
Diante de todos
Seu filho na cadeira vazia
Sua mulher por aí
A família distribuída
pelos espaços em branco.
E sua vida em cima do bolo
Diante de si
Queimando lentamente
Sem pressa de acabar
Tentando se prolongar
Quem sabe até chegar alguém
Que possa fazê-lo existir
Hoje talvez não seja
Um bom dia para se extinguir.
Sérgio Medeiros
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Grande Inauguração!
Tá, o título é um pouco pomposo, mas um pouco
de exagero de vez em quando é bom.
Há alguns anos atrás, eu tentei rabiscar uma poesia.
Saiu alguma coisa e de vez em quando eu tentava
rabiscar mais um pouco.
Nesse meio tempo às vezes você pára, às vezes você
se anima, às vezes pára de novo...
Como o momento atual é mais de animação, eu resolvi
criar o blog, com o mesmo título de um site que fiz
há quase 10 anos atrás (me sinto velho ao escrever essa frase).
Poucas pessoas além de mim leram as poesias e eu sempre fico
naquela apreensão/curiosidade enquanto a pessoa lê.
Sintam-se convidados a comentar sempre que quiserem :-)
A idéia é publicar algumas poesias antigas e talvez alguma
nova que apareça ou alguma que eu goste, mas por enquanto
serei o autor exclusivo do blog :-)
de exagero de vez em quando é bom.
Há alguns anos atrás, eu tentei rabiscar uma poesia.
Saiu alguma coisa e de vez em quando eu tentava
rabiscar mais um pouco.
Nesse meio tempo às vezes você pára, às vezes você
se anima, às vezes pára de novo...
Como o momento atual é mais de animação, eu resolvi
criar o blog, com o mesmo título de um site que fiz
há quase 10 anos atrás (me sinto velho ao escrever essa frase).
Poucas pessoas além de mim leram as poesias e eu sempre fico
naquela apreensão/curiosidade enquanto a pessoa lê.
Sintam-se convidados a comentar sempre que quiserem :-)
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nova que apareça ou alguma que eu goste, mas por enquanto
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