Abro a torneira
e a água fria
que me cai nas mãos
lembra aonde não estou.
Lembra que ontem
tomei um avião.
Um avião que trouxe
montanhas para as janelas
e água fria pras mãos.
Como seria ter sempre
essa água nas mãos?
Como seria sempre esperar
para dizer as palavras que sei?
A água fria escorre
enquanto recordo uma janela
de onde é possível ver
uma paisagem plana.
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