terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Montanhas na Janela

Abro a torneira
e a água fria
que me cai nas mãos
lembra aonde não estou.

Lembra que ontem
tomei um avião.

Um avião que trouxe
montanhas para as janelas
e água fria pras mãos.

Como seria ter sempre
essa água nas mãos?

Como seria sempre esperar
para dizer as palavras que sei?

A água fria escorre
enquanto recordo uma janela
de onde é possível ver
uma paisagem plana.

Nenhum comentário: