Os dias
se repetem
e os ponteiros
marcam sempre
o mesmo lugar.
Em casa,
às sete,
tomo banho,
bebo café,
calço os sapatos
e vou pro trabalho.
No trabalho,
às dez
espero onze,
às onze
espero doze,
e às doze
saio pro almoço.
Volto ao trabalho
e espero a hora
de ir pra casa.
À noite,
em casa,
eu leio livros
que falam de outros lugares
mas não explicam
como chegar lá.
Deito quando os ponteiros
estão quase juntos,
e durmo sem vontade
de acordar.
Sérgio Q Medeiros
3 comentários:
Bonito! Beijo, Raquel
legal essa, eu ja a tinha lido, mas é bom reler...
nas coisas habituais, a poesia se esconde e se des-cobre.
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