Como tirar poemas do peito?
Preciso extrair versos
enquanto o peito ainda bate.
Não há notícias de máquinas
que recuperam rimas
de um coração morto.
Preciso escrever versos!
São tantas palpitações perdidas
em um dia sem versos,
e cada palpitação
me aproxima do fim.
Preciso escrever versos,
preciso expurgar os poemas do peito.
Sérgio Q Medeiros
terça-feira, 24 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Viagem de avião
O aeroporto é frio
e o preço do café
está nas nuvens.
A moça da companhia aérea
veste um bonito uniforme,
pena que deixou o gato
desfiar a meia calça.
Os passageiros formam
duas filas para embarcar:
à esquerda todos os que roem as unhas
e à direita os que tem medo de avião.
A aeromoça
cochila durante o voo
(espero que o piloto
tenha dormido bem).
O comandante
anuncia que em breve
sua filha vai casar.
Todos os passageiros
entre as fileiras quinze e vinte e dois
cumprimentam o comandante.
Após alguns avisos
sobre o traje apropriado
para o casamento
pousamos em um destino.
Desembarco e levo
os meus pertences
para o próximo avião.
Sérgio Q Medeiros
e o preço do café
está nas nuvens.
A moça da companhia aérea
veste um bonito uniforme,
pena que deixou o gato
desfiar a meia calça.
Os passageiros formam
duas filas para embarcar:
à esquerda todos os que roem as unhas
e à direita os que tem medo de avião.
A aeromoça
cochila durante o voo
(espero que o piloto
tenha dormido bem).
O comandante
anuncia que em breve
sua filha vai casar.
Todos os passageiros
entre as fileiras quinze e vinte e dois
cumprimentam o comandante.
Após alguns avisos
sobre o traje apropriado
para o casamento
pousamos em um destino.
Desembarco e levo
os meus pertences
para o próximo avião.
Sérgio Q Medeiros
Assinar:
Postagens (Atom)