Mais um dia na estrada,
oito meses sem te ver.
Páro num bar pra comer
e ouvir as notícias do rádio.
A cerveja é barata
e as putas também.
Entre um gole e outro
eu tento lembrar você.
Mas é tanta bunda, tanto puta
e eu tão fraco pra bebida...
Fico logo achando que mereço
ter um pouco de mulher.
Tento me segurar,
mas tanta bunda, tanta puta,
oito meses sem você,
e é inútil resistir.
Agora é tocar a vida
e pensar que você já vem.
Deixo até escapar uns dentes
de homem satisfeito.
Será que uma putinha dessas,
de vez em quando, não faz bem?
Sérgio Medeiros
Um comentário:
poema forte, bonito. gostei.
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